Figura 1 - Radiografias de fraturas.
Disponível em: https://imeb.com.br/fratura-ossea/, acessado em 20/4/2021.
O termo fratura está sempre associado às estruturas ósseas. A fratura é a ruptura do osso, geralmente causada por uma ação direta. A força imprimida ao osso é maior que a força de resistência do tecido. Podem ser classificadas como fechadas (a fratura não é vista no meio exterior, ou seja, a pele fica íntegra), expostas (a pele se rompe) e intrarticular (ocorrem nos espaços articulares e causam hemartrose - hemorragia intra-articular).
Figura 2 - Radiografia PA da perna esquerda evidenciando fratura fechada do o. fíbula, região distal. (cor da fratura fictícia)
Recorte da imagem disponível em https://brasilescola.uol.com.br/biologia/diferenca-entre-fratura-entorse-luxacao.htm, acessado em 21/4/2021.
Figura 3 - Radiografias lateral e PA do braço esquerdo evidenciando fratura exposta no o. rádio, região distal.
Disponível em: https://teachmesurgery.com/orthopaedic/principles/open-fractures/, acessado em 20/4/2021.
Figura 4 - Radiografia AP da região distal da perna esquerda evidenciando fratura no maléolo medial do o. tíbia extendendo-se até a a.talocrural.
Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Intraarticular_fracture, acessado em 21/4/2021.
Quanto ao traço deixado no osso, as fraturas se classificam em:
Figura 5 - Tipos de fraturas.
Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/figure/fx_fracture_lines_pt, acessado em 21/4/2021.
- Transversa: o traço da fratura é perpendicular ao longo eixo do osso.
- Oblíqua: o traço da fratura está na diagonal em relação ao longo eixo do osso.
- Espiral: a fratura é causada por uma força de torção.
- Cominutiva: a fratura gera mais de dois fragmentos.
- Segmentar: divisão do osso em segmentos.
- Em avulsão ligamentar: tendão ou ligamento desaloja o fragmento ósseo.
- Por impacto
- Com deformidade: encurvamento do córtex ósseo.
- Galho verde: fratura em apenas um lado do córtex
As complicações das fraturas podem ser imediatas ou tardias. Entre as imediatas podemos destacar a lesão arterial, a síndrome compartimental (pressão intersticial > pressão capilar), embolia gordurosa (que pode evoluir para a síndrome de embolia gordurosa), gangrena gasosa e tromboembolismo. Entre as tardias, destacam-se a osteomielite, lesões nervosas, pseudoartrose, consolidações defeituosas e necrose.
- Lesão arterial: ferimento da artéria - geralmente nos dedos do pé, calcanhar e região lateral da perna. Evolui rapidamente, as margens são bem definidas, circular e pequena. Na perna é brilhante, fria e descorada. Não apresenta edema. Altamente dolorosa, claudicação intermitente. Piora com a elevação.
- Síndrome compartimental - comum nas fraturas de antebraço, fêmur, tíbia e fíbula. Caracteriza-se pelo aumento da pressão intersticial sobre a pressão de perfusão capilar dentro de um compartimento osteofascial fechado, podendo comprometer vasos, músculos e terminações nervosas. O tratamento é a fasciotomia.
- Embolia gordurosa - pode ocorrer de 24 a 72 h após o trauma. Trata-se da oclusão de pequenos vasos por gotículas de gordura, geralmente nas fraturas de fêmur, tíbia, bacia e nas artroplastias do joelho e quadril.
- Síndrome de embolia gordurosa - quando afeta pulmões e cérebro.
- Gangrena gasosa - pode ocorrer 72 h após o trauma. Infecção rara mas potencialmente fatal, caracterizado por necrose tecidual rapidamente progressiva envolvendo músculo com toxidade sistêmica.
- Tromboembolismo - pode ocorrer com fraturas com alto período de imobilização. Podem contribuir para a formação de trombos venosos e desencadear um evento de tromboembolismo pulmonar. Acontecem geralmente nas fraturas de quadril, pelve e fêmur são mais comuns.
- Osteomielite - infecção óssea que pode levar a amputação ou óbito.
- Lesões nervosas - ferimento de nervo.
- Pseudoartrose - fratura que não apresenta a consolidação óssea.
- Consolidações defeituosas
- Necrose: morte tecidual por insuficiência vascular.
Para o tratamento quiroprático, saber de fraturas é fundamental pois os ajustes podem agravar fraturas ainda não consolidadas. Na parte clínica, o conhecimento de fraturas antigas mal cuidadas pode levar a situações mais sérias.
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